Um guerreiro luta, e tem que lutar até as forças se lhe
acabarem.
È preciso coragem para se estar em constante batalha consigo
mesmo, que te faz pensar quem és e quem já foste, até onde lutaste e até onde
queres lutar.
Ninguém é feito de ferro que se possa proteger contra tudo e
contra todos. É ao procurar refugio em mim que me debato com eles, estes
pequenos seres que me fazem lutar contra mim própria, não sei bem que lhes
chame, é uma espécie de invasão de mim mesmo, dentro de mim, quando mundo
exterior não me parece compreender.
Faz-me reflectir sobre todas as lutas que já tive comigo, as
que foram ganhas e as que perdi.
Sei por onde andei, e por onde ando, sei a lutadora que fui
e que sou, perdi muitas e ganhei outras, mas hoje sei quem sou e contra quem
lutei. É preciso muito tempo para nos conhecermos a nós mesmos, somos uma
caixinha de surpresas, surpreendemos pela positiva mas nem sempre só por esse
lado, resta saber lutar com o que achamos certo e errado. A alma não tem que
estar em constante batalha com a pessoa em que reside, há que saber
compreende-la e ver a razão que nem sempre se está disposto a ver.